A única coisa que realmente tenho, é a foto metafísica da Luz nos olhos do outro.
Quando caminho pelas multidões que se aglomeram em volta de diferentes pontos de atração do Planeta, quando passo despercebida por pessoas que, se me olham é porque pareço diferente e me reconhecem como algo fora, distante, instigante, insignificante; nessas caminhadas, nesses olhares, insights, indiferenças, vejo-me como nada.
Volto ao meu mundo, mundo no qual escolho viver e ao escolher ele passa a existir, mundo aonde penso estar segura. Mundo pequeno! Voltar destes passeios é voltar humilde, quão grandiosa é a Terra e sua abundante vida! Quão grandiosos são os mundos nas Galáxias giratórias? Tamanha imensidão incomensurável de Vontade manifesta!
Já andei por aí, já tenho para mais de 7 centenas de anos de lembranças. Já sei que me vou sem nada, novamente… Infinitamente?
Volto para cá e, extasiada com tanta diversidade, tantos pensamentos, tantos desejos, tantos desafios e tão poucos momentos de Presença; busco silenciar. Busco conhecer-me. Conhecer sem mente, escutar que o coração que bate dentro de meu peito é animado pela mesma Vontade que anima o coração do outro, qualquer outro. Sem parâmetros sociais, culturais ou religiosos, o coração pulsa por vida. Sentir a energia circulante é sentir que a vida tem seu Próprio curso. Busco não tocar em nada. Deixar passar, soltar. A expansão é centrífuga. E quando cristalizar? Retornar!
Sou eu? Mas quem sou eu?
Quando passar desta estrada para a outra, passando sozinha por excelência, nada serei. Se tiver outra oportunidade, poderei co-criar. Esforço-me para não deixar densidades e assim nada ter de re-criar. Desvelo meu Dharma!
Retorno e desapego. Sou Luz! Sou todos os sorrisos luminosos que puder incentivar Aqui e Agora.
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