Uma Possibilidade – O Engano

Escrito em 4 de Novembro de 2008 por Gisele de Menezes

Perguntei ao Mestre

– Por que é tão provável nos enganarmos?

“Toda a criação que brota na mãe Terra tem alma, está viva, terá seu ciclo, deixará a forma decaída e assumirá outra forma, continuará, de alguma forma, a existir. Esta é a imortalidade da alma, a condição inerente a toda a vida, a ânsia do eterno movimento”.

“Com todos os seres vivos, de todos os reinos, mineral, vegetal e animal, é assim natural, exceto com o ser humano, o aspirante ao “reino dos céus”. Aqui acontece um movimento de repetição que não é natural, mas é uma condição humana”

– O que acontece com o ser humano?

“Com o ser humano acontece a diferença, a quebra, o tombo do jardim, a distorção e a desconexão”.

– E por que?

“Uma vez que temos mente e isto nos confere compreender, valorizar, observar, experimentar, escolher, discernir, pensar e registrar, a mesma mente também nos confere o engano”.

– Não entendo!

“Enganamo-nos quando compreendemos através de experiências que não são nossas, enganamo-nos quando agregamos valores sem levar em consideração as conseqüências, enganamo-nos quando observamos e não consideramos a sensação, enganamo-nos quando experimentamos e não estamos puros de coração, enganamo-nos quando escolhemos e não assumimos a responsabilidade, enganamo-nos ao discernirmos comparando, enganamo-nos quando achamos que o pensamento é lembrar ou planejar e, finalmente enganamo-nos sempre que registramos e catalogamos como definitiva qualquer compreensão, valor, observação, experiência, escolha, discernimento e pensamento”.

E porque não dizer que ao acontecer isso, morremos. Caímos do lugar evolutivo onde estão todos os outros seres vivos e ficamos sonhando com o reino dos céus…

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