É preciso entender, a partir de um ponto pacífico, a bagunça que acontece aqui embaixo e que é simplesmente um reflexo de como é lá em cima. Aqui é o lugar onde, definitivamente, podemos fazer os reparos, se percebermos o ponto. Entretanto, este não é um ponto de vista, o que intento aqui é uma percepção que possa trazer mudança ao ponto de aglutinação individual e também coletivo.
Entenda, de uma vez por todas, o orgulho dos Deuses e a avareza da Deusa. Os Deuses e a Deusa despidos, são todos filhos do Grande Mistério!
Iniciemos pelo final.
O Grande Mistério, nunca, nem por um instante quis aparecer para nós. Não existe a este respeito, sequer uma imagem que possa ser vislumbrada pela nossa visão, não tem um só cheiro perceptível ao nosso olfato, (sobre olfato e COVID falarei mais adiante), não oferece um ínfimo gosto o qual possamos saborear usando nossas papilas gustativas, não vibra uma única nota sonora que seja silêncio suficiente para tocar nossa audição e, é incontestavelmente impossível tocá-Lo com qualquer pedacinho de nossa pele.
Definitivamente não estamos aparelhados para captá-Lo. Provavelmente os Deuses e a Deusa, nos fizeram à semelhança de seus desejos e assim nos encontramos no cenário da criação, aparelhados para capturar somente o que percebemos com nossos sentidos. E isso é como é, porque se pudéssemos captar o Grande Mistério, O capturaríamos com certeza, devido à nossa “natureza divina” bastante egoísta; e a bagunça não teria chance de ser reparada.
Qualquer ideia que tenhamos sobre, é mental. A criação pensada é mental. O criador filosofado é mental. A criatura entendida é mental. A mente é informada pelos sentidos e os sentidos captam os pulsos e impulsos magnéticos e elétricos, enformados e informados.
Passemos então a tentar entender a bagunça, já que o Grande Mistério deu total livre arbítrio aos Deuses e à Deusa.
Os Deuses são pó de estrelas. Estrelas são sóis e brilham por conta própria. Derivam de atividades e explosões ao longo dos éons e superéons*. Brilham e se expandem infinitamente sem contraírem-se jamais. São expansões eternas e, nesta descrição luminosa já podemos compreender a natureza do orgulho – o brilho.
A intensidade do brilho permeia a zona de livre arbítrio do Grande Mistério, é pura potência elétrica, é energia que move, coloca em andamento, colore, transforma e brilha, sim já escrevi esta palavra. Porém pergunto, você consegue mensurar o brilho de uma estrela, de um sol? E desta explosão brilhante, consegue mensurar o poder do pó cósmico que dá origem aos Deuses?
E para que serve a chama de uma vela em um dia de sol?
É preciso que escureça, que esfrie, que haja antagonismo, resistência, magnetismo, coesão, umidade, atração e Amor, para que haja criação e também criaturas. Sim, o orgulhoso brilho dos Deuses tem um só destino, render-se aos encantos sombrios da Deusa.
E por que a Deusa aglutina tudo ao ponto de ofuscar o brilho dos Deuses?
A natureza magnética da Deusa é puro acolhimento e cuidado. Mas é também abundância, fartura, frescor, som, sabor, perfume, beleza, encantamento e florescimento. É tudo o que nossos sentidos podem captar e… capturamos Ela. E Ela nos capturou, nos quer. E nesta descrição formosa já podemos sentir a natureza da avareza – a Mãe.
E como abrir mão de minhas crianças?
E o que fazer para orgulhar-me dos filhos?
E a bagunça segue o seu jogo destruidor, enquanto permanecemos caídos, atraídos e aprisionados pelos encantos da Deusa. E desentendidos seguimos destruindo-A, como o filho canceroso destrói o corpo que lhe dá o sustento. Será que sugaremos todos os recursos do corpo que nos nutre? Envenenaremos rios, sangue, linfa, ares e céus? E tudo faremos por orgulho e avareza? Não usaremos o brilho infinito para iluminar nossa consciência? Negaremos a sombra que nos mostra o jogo das formas sob o jugo do movimento?
Pela Deusa, não nos uniremos?! Pelos Deuses, não vibraremos na Paz?!
Seguiremos brincando de sagrado feminino e virando as costas aos filhos que tem fome? Sentaremos em rodas urbanas e seguiremos negando “sagradamente masculinos” que, chegamos das estrelas através de uma vagina? Nosso orgulho não nos permitirá a rendição? Nossa avareza não nos logrará a mudança?
Os Deuses com seu brilho expansivo, somente tomam forma ao serem atraídos pelo magnético e misterioso poder contraente da Deusa. A Deusa por sua vez, traz à Luz desde suas entranhas, os filhos!
Senhoras e senhores, os Deuses nada são sem a Deusa, a Deusa nada é sem os Deuses! Nós somos a semelhança desta dissonante interdependência e estamos morrendo vitimados pela anosmia* que desconecta nosso conhecimento primário, enquanto defendemos nossos pontos de vista que confundem nosso conhecimento superficial!!!
Se não mudarmos nosso ponto de aglutinação, as máquinas não nos salvarão e ponto!
Por dias melhores, por uma sugestão para um mundo justo, pela necessidade de soltar, compartilhar e dançar, distribua a abundância e sequer orgulhe-se até que a fome seja erradicada desta bagunça que é nossa civilização.
Sobre ponto de aglutinação, sugiro essa leitura!
“(…) aqui embaixo e que é simplesmente um reflexo de como é lá em cima” – Lei hermética da correspondência!
*Anosmia é a expressão usada para a perda parcial ou total do olfato.
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