Dia desses, tendo que estabelecer contato com uma pessoa, tendo que fazer um pedido legítimo, a pessoa sentiu-se incomodada, não gostou de ter alguma “obrigação” ou dever, tendo em vista meu direito de cidadã em solicitar e, sem qualquer luva, me perguntou se eu não tinha mais o que fazer e ainda disse: vai lavar uma louça!!!

Eu preciso dizer a vocês que na hora eu calei, pois quando lidamos com gente que se sente empoderada pelo movimento autoritário e machista que somou-se aos movimentos incentivadores que a humanidade recebeu nos últimos anos para manifestar sua ignorância e brutalidade, é preciso calar e recuar. E por que não, lavar a louça?

Depois do “impasse”, já em local seguro, eu ri muito, igual aquele emoji da risada, mas vou me explicar, fique comigo mais um pouco.

Primeiro que lavar a louça na minha concepção é útil e mantém as básicas necessidades em sua ordem de demandas. Segundo que eu não acho que isso é para quem não tem o que fazer, até porque se eu não tenho o que fazer, não é a louça que vou lavar, vou tomar um sol ou dar uma caminhada.

O ponto é que a noção de tempo de pessoas grosseiras é desarmônico!

O tempo é a atmosfera da mente, assim como o ar é a atmosfera do corpo, então o tempo é uma noção subjetiva e individual. Cada um sabe o valor de seu tempo e o valor de lavar uma louça em relação a estar, por exemplo, fazendo bobagens ou agindo com desrespeito a vida.

Peguei pesado? Bem, é que minha experiência, e agora levanto minha bandeira, é que todas as pessoas que vejo esbravejando, chingando, desrespeitando, julgando, agindo com violência, estão levantando a bandeira do Brasil.

E lá se foi o meu direito de levantar a bandeira do meu país e não ser confundida com esse ou aquele movimento agressivo e mais uma vez repito, contra a vida. E minha bandeira já há bastante tempo é a Bandeira da Paz, mas nesse momento delicado em que estamos, diante de um mar de mentiras, desrespeitos e baixarias disfarçadas de democracia, preciso dizer aqui que minha bandeira é a bandeira que tem o número 13.